Diretor da Antaq destaca estabilidade regulatória para incentivar novos projetos

O diretor-geral da Antaq, Mário Povia, destacou que a agência reguladora defende a segurança jurídica e a estabilidade regulatória para incentivar novos projetos no setor. Apontou ainda que os investidores precisam ter a previsibilidade dos custos associados às operações portuárias. 

 

As afirmações foram feitas durante sua palestra no Trans 2018, o 7º Congresso e Feira Internacional de Transporte e Logística Sustentável da Amazônia, realizado em Belém (PA). O evento terminou nessa quinta-feira (21) . 

 

O dirigente da Antaq também enfatizou a necessidade de boas práticas de governança e transparência no setor público, além do apoio ao desenvolvimento da navegação interior. A redução da burocracia e a viabilização de investimentos em infraestrutura portuária também foram lembrados por Povia, assim como a constante fiscalização nos portos brasileiros. 

 

No ano passado, 1 bilhão de toneladas de cargas foi movimentada nos portos brasileiros, um crescimento de 8,3% em relação a 2016. Desse número, 64% foram de granéis sólidos; 21%, granéis líquidos; 10%, contêineres; e 5%, carga geral solta. 

 

Povia informou ainda que, em 2017, 66,4% das cargas foram operadas por terminais privados; e 33,6% ficaram a cargo dos portos organizados (complexos públicos).

 

Cabotagem

 

O diretor-geral da Antaq ainda destacou a importância da navegação de cabotagem, que reúne uma série de vantagens, como menores índices de avarias, acidentes e emissão de poluentes. O baixo consumo de combustível por tonelada e os mais de 7 mil quilômetros de costa no País fazem esse tipo de navegação ser a forma mais atrativa para o transporte de cargas.

 

“Para cada contêiner movimentado na cabotagem, há seis outros, em potencial, atualmente no modal rodoviário”, afirmou Povia. 

 

Em relação às hidrovias, o diretor-geral da Antaq apontou a redução da extensão de vias navegáveis nos últimos anos. Hoje, o Brasil conta com 19.464 quilômetros de vias interiores economicamente navegadas. Em 2013, eram 22.037 quilômetros. 

 

“As mudanças observadas em 2016, ou seja, redução de extensão navegada de 11,7% em relação a 2013, podem ser explicadas pelo déficit de precipitação em determinadas regiões hidrográficas, ocasionando baixos níveis, aliada à falta de confiança das empresas em navegar em determinados trechos”, destacou o diretor-geral da Antaq.