Greve de portuários atinge terminais de Vitória e Capuaba

Funcionários do Porto de Vitória realizam uma greve de 24 horas, iniciada às 7h desta terça-feira (5). A manifestação teve adesão dos trabalhadores ligados ao Sindicato Unificado da Orla Portuária (SUPORT-ES), Sindicato da Guarda Portuária no Estado do Espírito Santo (Sindguapor) e marítimos.

 

A greve, que atinge os terminais públicos em Vitória e Capuaba (Vila Velha), é realizada por 326 empregados da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), administradora do Porto, mas esse número pode chegar a mais de mil trabalhadores indiretos, segundo o presidente do Suport-ES, Ernani Pereira.

 

Ernani relata que houve adesão tanto da área administrativa, quanto da área operacional. Com isso, não houve nenhuma movimentação nos pátios, e dois navios em Capuaba e um em Vitória ficaram sem operação. Ele também ressalta que após a paralisação de 24 horas,  todos os funcionários retornam normalmente a suas funções.

 

Ernani aponta que o motivo da greve é a falta de avanços em negociações econômicas com a Codesa. Nesse contexto, os trabalhadores são contrários ao não cumprimento do acordo coletivo, ao impasse nas negociações, a retirada de benefícios sociais e possíveis modificações no fundo de pensão.

 

Codesa

 

Em nota, a Codesa afirma ser contrária à paralisação ocorrida nesta terça-feira (5), e destaca que o momento é de crise e preocupação com a saúde financeira da empresa e, com isso, a preservação dos direitos do trabalhadores. 

 

A empresa também ressalta que a negociação, visando o acordo coletivo, está aberta desde meados de 2017 e um termo foi assinado com os sindicatos, no final do ano passado, de modo a garantir o atendimento às necessidades dos empregados e, ao mesmo tempo, manter a sustentabilidade da empresa. E que aguarda a apresentação, por parte dos sindicatos, de alternativas para redução de custos e nova proposta de reajuste salarial, compatível com as orientações do governo federal.

 

Na visão da administração da CODESA, a paralisação agrava ainda mais este cenário de crise, sobretudo pelo fato de que durante o mês de maio ocorreu uma baixa movimentação de cargas, agravado pela paralisação dos caminhoneiros.