Petrocity assina contrato com Odebrecht para construção de mega Porto no Espírito Santo

Novos tempos, novos negócios. Nesta quinta-feira (17), a sede do governo do Espírito Santo assina os contratos entre a Petrocity e a Odebrecht para a construção do Centro Portuário de São Mateus (ES). O projeto é emblemático em vários sentidos. Para o estado e a região Sudeste, será uma grande plataforma logística que dará impulso econômico em todo o seu entorno. Para a empreiteira, a obra é o primeiro grande empreendimento que vai liderar após os desafios que teve de superar em virtude da Operação Lava-Jato.

 

De acordo com a Odebrecht, a construção do terminal utilizará tecnologias de dragagem, cravação de estacas, fabricação de estacas e peças pré-moldadas. Além disso, farão parte da implantação as instalações elétricas, rede de dados e sistemas de automação. A empresa estima algo em torno de 2.500 profissionais envolvidos durante a construção. A obra se iniciará pelos serviços de terraplanagem onshore e pela construção do quebra-mar offshore.

 

O presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, afirma que os trabalhos serão iniciados assim que liberada a licença ambiental do empreendimento. O executivo ainda explica que, no evento de amanhã, serão também apresentadas as companhias que se instalarão no porto. “Essas empresas são dos mais variados segmentos, como no caso de geração de energia. Elas ajudarão [na geração de energia para] o porto, mas o excedente de produção será colocado na rede“, explicou.

 

Silva ainda revela alguns avanços no projeto de construção da Estrada de Ferro Minas Espírito Santo (EFMES), que junto com o porto criará uma grande plataforma logística na região. “Hoje, já temos os estudos de cargas já iniciados e o projeto conceitual. Temos também as coordenadas não definitivas para a alocação da estrada de ferro. O nosso objetivo é avançar para que, até julho, tenhamos o projeto concebido“.

 

Por enquanto, a Odebrecht será responsável apenas pela construção do terminal portuário. A ferrovia não faz parte da obrigação assumida com a Petrocity, mas a empreiteira afirma que a obra poderá ser incorporada ao contrato inicial se for interesse das partes.