Terminal público de Murtinho retoma embarques, mas novo porto só em março

O terminal portuário público de Porto Murtinho (MS) começou a operar nesta segunda-feira (17) com embarque previsto de 300 mil toneladas. A capacidade total é de 500 mil toneladas por ano. A partir desta semana já deve aumentar o fluxo de caminhões chegando ao porto para descarregar produtos nas barcaças. O diferencial neste ano, segundo o secretário de Estado de Produção, Jaime Verruck, é o estacionamento para ao caminhões que levam as cargas até o porto.O estacionamento da distribuidora Mecari teve investimentos de R$ 16 milhões, e funciona numa área de 35 hectares com a capacidade inicial para 400 rodotrens.

“O local dá apoio caminhão, ao invés de ficar na rodovia ele entra no estacionamento para fazer o embarque, frisou o secretário destacando que espera que agora no início de março, o Governo inicie a obra do Macroanel de Murtinho. “Por enquanto os caminhões vão ter que entrar pela cidade, mas isso será resolvido com o acesso”

Novo porto – O secretário afirmou que o novo porto da FV Cereais tem previsão de iniciar operações em 5 de março. “Precisa de autorização da ANTAQ, mas já temos o contrato feito e as barcaças estacionadas. A meta é começar a operar no dia 5 com 1,2 milhão de toneladas/ano já exportadas por Porto Murtinho”, frisou.

A capacidade total do terminal privado é de 2 milhões de toneladas, e o Governo aposta que a liberação ocorra ainda esta semana, por parte da ANTAQ.

Com o início nas exportações a FV Cereais se consolidará com um dos maiores exportadores do Estado. Atualmente com sede em Dourados a empresa já exporta cerca de 1,2 milhão de toneladas de soja e milho por ano. Agora, com o investimento no terminal foi de R$ 110 milhões, o grupo terá capacidade para movimentar dois milhões de toneladas/ano de grãos e açúcar.

Para aproveitar as embarcações que vão percorrer a América do Sul, o grupo vai importar fertilizantes do Uruguai. Uma remessa experimental já foi realizada em 2018, quando trouxeram 2 mil toneladas do produto, e economizaram cerca de 8% em comparação com a importação via o Porto de Paranaguá, no Paraná.