Os funcionários da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) entraram em greve por tempo indeterminado, na manhã desta terça-feira (12). A iniciativa de paralisação foi decidida em assembleia, no último dia 04, e impede que navios entrem ou saiam do Porto de Vitória e Porto de Capuaba.
Os trabalhadores reivindicam o cumprimento da cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que trata da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da empresa.
De acordo com a assessoria da Guarda Portuária, funcionários estão na entrada da Ilha do Príncipe, munidos com faixas reivindicando direitos.
“Suspendemos as atividades de fiscalização e inspeção de mercadorias. As atividades nos Portos de Vitória e Capuaba estão suspensas. Os trabalhadores estão na Ilha do Príncipe. Aguardamos uma contra-proposta da Codesa”, afirmou a assessoria de imprensa.
Os guardas portuários também cobram da Codesa uma solução para as precárias condições de trabalho da categoria. Há também um impasse sobre o vale-cultura. Os funcionários alegam não terem recebido o benefício.
A assessoria de imprensa da Codesa declarou que lamenta o movimento grevista e informou que a participação nos lucros já está no orçamento, mas que a liberação do dinheiro depende do Governo Federal, assim como a reivindicação do vale-cultura. O edital já foi publicado e a licitação deve acontecer até o mês que vem.
Sobre as condições de trabalho, a Codesa garantiu que está sempre aberta ao diálogo, mas que não foi procurada por nenhum representante da categoria para discutir o tema.
Com a paralisação, três navios estão parados nos portos públicos do Estado aguardando para atracar. Ainda de acordo com a Codesa, não há ainda como estimar o que deixou de ser arrecadado nesse primeiro dia de paralisação.