Números do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá mostram que a produtividade do complexo está maior. De janeiro a agosto deste ano, pelos três berços exclusivos, foram 500 mil toneladas a mais de carga em relação ao mesmo período do ano passado, com praticamente a mesma quantidade de navios.
De janeiro a agosto deste ano, 235 navios graneleiros foram carregados pelo Corredor de Exportação, com diferença de apenas um navio na comparação com 2018. Já o volume embarcado aumentou de 13,5 milhões para 14 milhões.
Em média, um navio do Corredor de Exportação recebe 60 mil toneladas de carga – soja (em grão ou farelo) e milho. Essa diferença de meio milhão de toneladas que este ano foi carregado a mais seria suficiente para encher os porões de mais de oito embarcações.
“Estamos trabalhando de maneira mais produtiva e eficiente. As campanhas de dragagem realizadas pela administração dos portos possibilitam que navios maiores, com maior programação de embarque venham à Paranaguá”, afirma o diretor-presidente da empresa Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Como explica o chefe da Divisão de Silos, Gilmar Francener, isso significa que os navios estão carregando mais em Paranaguá. Ele lembra que, este ano, inclusive, um navio chegou a carregar 90.110 toneladas de farelo de soja, o Lan Hua Hai.
RECORDES – Francener destaca ainda outra grande marca: em 28 de agosto último, o Corredor de Exportação atingiu a marca de 138.989 toneladas embarcadas em um único dia, período de 24 horas. O recorde anterior de embarque diário foi em 16 de setembro de 2017, com 134.057 toneladas.
Isso significa mais de 23.166 toneladas carregadas, por shiploader (equipamento utilizado para o carregamento dos granéis nos porões do navio); mais de 965 toneladas embarcadas por hora, pelos seis carregadores – dois em cada berço.
Em junho deste ano, lembra o chefe da divisão de silos, foi atingida a marca de 2.291.024 toneladas embarcadas em um único mês.
“Nosso objetivo é seguir ganhando em eficiência e produtividade. Essas metas serão alcançadas com as campanhas de dragagem de manutenção contínuas, já em andamento; com o repotenciamento dos equipamentos, que está em fase de licitação do projeto, além de gestão operacional inteligente, redução dos tempos e maximização da produtividade”, afirma Francener.
O tempo médio de atracação, no Corredor, está em 65:55 horas, ou seja, menos de três dias de operação.
PRODUTOS – Das 14 milhões de toneladas de granéis exportados pelo Corredor este ano 7,3 milhões são soja; 3,8 milhões milho e 2,9 milhões farelos. O berço mais produtivo, no período, foi o 213, onde atracaram 88 navios e por onde foram movimentadas quase 5,4 milhões de toneladas dos produtos.
O diferencial do berço 213 é que ele trabalha com navios denominados super berço, que assumem a condição de embarcar uma prancha (volume embarcação por hora) superior à média normal. Logo, a produtividade deles é sempre maior.
No berço 212 atracaram 72 navios (que carregaram 4,2 milhões de toneladas) e 214 atracaram 75 embarcações (que receberam 4,4 milhões de toneladas dos três produtos).
MODAIS – O volume de grãos e farelo que chegou ao Porto de Paranaguá pelos trilhos aumentou 7,5%. Este ano, de janeiro a agosto foram 4,3 milhões de toneladas descarregados de vagões. No mesmo período, em 2018, foram 4 milhões. Das 4,3 milhões de toneladas – 2,62 milhões foram de soja; 1,03 milhão de milho e 646,2 mil de farelo de soja no modal ferroviários. Foi o milho o grande responsável pelo aumento registrado.
Já o volume que chegou com granéis no Porto de Paranaguá, via modal rodoviário diminuiu. Em 2018, nos oito meses, foram 11 milhões de toneladas que chegaram em caminhões. Este ano foram 10,5 milhões – 5,25 milhões toneladas de soja, 2,85 milhões de milho e 2,4 milhões de farelo de soja.
De janeiro a agosto, 283.071 caminhões desceram carregados com soja, farelo e milho até o porto paranaense. Apenas no mês de agosto foram 38.564. De vagões, no período, foram 73.434. No mês, 9.371 vagões.