Capitania dos Portos aprova navegação noturna e maior calado no Porto de Paranaguá

O embarque e desembarque de cargas no Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, deve ganhar mais agilidade e maior capacidade muito em breve. No dia 8 de agosto, a FAEP, representada pelo seu consultor, Nilson Hanke Camargo, participou de uma reunião no litoral convocada pela Capitania dos Portos do Paraná, que tratou da homologação do aumento do calado (distância entre a lâmina d’água e a quilha do navio) de todas as áreas úmidas do Porto de Paranaguá. Com isso, a medida do calado passou de 10,60 metros para 10,90 metros (para todas as cargas exceto granéis, cujo calado continuou inalterado em 11,70 metros). Também foi autorizada a navegação noturna, que até então era proibida. Com isso, além de poder aumentar o volume de cargas, as embarcações poderão operar noite e dia, gerando rapidez e agilidade nas operações de exportação e importação.

 

Segundo Camargo, há cerca de oito meses foi realizada uma dragagem de manutenção e aprofundamento que já permitiria o aumento de calado. Porém, a Marinha do Brasil, responsável pela homologação, não havia autorizado esta mudança.

 

Participaram da reunião integrantes da comunidade portuária, práticos, operadores portuários, representantes do poder público e dos usuários, onde se enquadra a FAEP. Na ocasião o comandante da Capitania dos Portos, Germano Teixeira da Silva, alegou a necessidade de segurança máxima por parte da Marinha no tocante ao processo de homologação e informou a todos que este aumento de calado será feito gradualmente, de modo a atenuar qualquer ameaça ou risco na navegação.

 

Segundo ele, os próximos aumentos serão de 30 em 30 centímetros, até se chegar à meta de 12,50 metros de calado para cargas gerais. Para as cargas em granéis, a meta é chegar a 13,50 metros de calado nos próximos meses, permitindo maior embarque e desembarque de cargas nos terminais. “O término da operação de dragagem de aprofundamento, previsto para outubro deste ano, vai possibilitar o acesso de navios de maior capacidade, o agronegócio tem muito a ganhar com isso, pois vai proporcionar a possibilidade de embarcar navios maiores e mais cheios, uma vez que hoje as condições do porto não permitem que muitas embarcações saiam completamente carregadas”, afirma Camargo.