Nos últimos dez anos, Mato Grosso do Sul quase triplicou a produção de soja e milho, contabilizando avanço de 189% da safra 2004/05 para a de 2014/15. Esse crescimento, entretanto, não é acompanhado pela melhoria da infraestrutura de distribuição de grãos, que ainda apresenta problemas, que são comuns em todo o País, como dependência do transporte rodoviário, trechos em condições precárias, falta de investimento, baixa extensão duplicada, idade avançada da frota, entre outros gargalos.
Para reverter esse quadro, seriam necessários, em Mato Grosso do Sul, R$ 9,3 bilhões, montante que contemplaria projetos considerados prioritários para atender a logística de escoamento de grãos, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Transporte (CNT).
Os grãos, que saem de Mato Grosso do Sul, são escoados, sobretudo, para os portos de Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) e Santos (SP). Para esses locais, foram transportados, em 2014, 99,4% de milho, soja e farelo destinados às exportações, segundo o estudo da CNT. Os 0,6% de grãos restantes seguiram para o porto de Rio Grande (RS), entre outros. No caminho entre a lavoura ou armazém e esses portos, há extensões significativas consideradas regulares e ruins, conforme avaliação dos entrevistados na pesquisa.