Lideranças dos sindicatos de caminhoneiros de todo o País continuam em Brasília nesta terça-feira (23) para formalizar o acordo que haviam feito com o governo federal na véspera. Segundo o presidente do Sindicam de Londrina, Carlos Roberto Dellarosa, os encontros são realizados no Ministério da Infraestrutura.
Um dos principais pontos do acordo é que os caminhoneiros vão ajudar a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) a fiscalizarem a lei 13.703, que instituiu os pisos mínimos de frete. “Estamos discutindo a parte burocrática desse convênio”, afirma Dellarosa. A proposta é que as entidades denunciem à agência os embarcadores que descumprem a tabele de frete. De acordo com o presidente do Sindicam, as denúncias, sendo feitas em bloco, protegem os motoristas que têm medo de serem retaliados pelos contratantes.
Dellarosa diz que outra parte do acordo é que os caminhoneiros que trabalharem com frete abaixo dos pisos mínimos fiquem livres das multas de R$ 150 também previstas na lei
Os caminhoneiros ainda negociam com o governo a transferência do custo do diesel para a tabela do frete, proposta esta que está sendo formatada.
Segundo a Agência Brasil, o ministro das Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas acredita nas negociações com os caminhoneiros para evitar a greve que haviam convocado para o dia 29 de abril. “Estamos com uma agenda sólida, que está sendo construída com base numa conversa e nos pleitos dos caminhoneiros”, disse Freitas.
“Eu acho que nós conseguimos administrar essa condição de momento e não deve haver paralisação de caminhoneiros neste momento. A representação dos caminhoneiros está conseguindo conversar com o governo”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Infraestrutura.