Exportações crescem 243% no Porto do Pecém

No balanço da Cearáportos, que é responsável pela gestão do Porto do Pecém, no mês de julho de 2017, a movimentação acumulada de 2017 (8.872.548 toneladas) foi 75% acima do mesmo período de 2016 (5.067.531 t).

O presidente da entidade, Danilo Serpa, atribui esse crescimento ao trabalho de prospecção de novos clientes e cargas e adianta que a expectativa é que o porto tenha um crescimento de 50% este ano. “A orientação do governador Camilo Santana é tornar o Porto do Pecém o portão de entrada e saída de cargas do Nordeste. Nós mapeamos os potenciais clientes e fomos oferecer nossos serviços. Os novos berços do TMUT em operação fizeram o Porto dobrar de tamanho e tudo isso se reflete nos resultados”, comenta.

Movimentação

Em relação à movimentação de cargas no Porto do Pecém, o granel sólido foi a carga mais relevante na composição dos índices em toneladas, participou com 59%, seguido da carga geral solta 20%, carga conteinerizada com 14% e do granel líquido com 7%.

As importações cresceram 51% em 2017, passando de 4.439.683 t (até julho de 2016) para 6.721.139 t. Já as exportações subiram de 627.849 t em 2016 para 2.151.409 t em 2017, o que representa um incremento de 243%.

O destaque entre as exportações fica por conta das movimentações de placas de aço (1.445.455 t) produzidas pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que equivale a 67% do total exportado. Na sequência estão gás natural (100.593t), plásticos e suas obras (45.514 t), e frutas (38.222 t), entre outras cargas.

“O ótimo resultado das exportações é fruto do trabalho de atração de investimentos. Nós temos a primeira ZPE (Zona de Processamento de Exportação) em funcionamento do País e tarifas competitivas mundialmente. É preciso também destacar o trabalho da CSP que exporta para mais de 14 países e tem os Estados Unidos como maior cliente, comprando 48% da produção atual”, afirma o presidente.

Entre as importações os destaques foram o carvão mineral (2.897.728 t), gás natural (480.651 t), produtos siderúrgicos (143.507 t), pedras calcárias (55.032 t), coque de petróleo (50.132 t), etc.

A cabotagem no Porto do Pecém (movimentação entre portos brasileiros), cresceu 110%, se comparado ao mesmo período do ano anterior, esse crescimento se deu, principalmente, por conta dos desembarques de minério de ferro (2.238.794 t), produtos siderúrgicos (165.408 t), arroz (111.421 t), plásticos e suas obras (66.499 t), etc. Destacaram-se também os embarques de farinha de trigo (74.445 t), sal (72.206 t), cimentos (34.712 t), placas de aço (27.613 t), etc.

Equipamentos

Para obter esses números tão expressivos é preciso equipamentos de primeira linha. É o que aponta o diretor da Tecer Terminais Portuários, Carlos Maia, empresa que opera no porto, credenciada pela Cearáportos. “Só nós da Tecer investimos R$ 30 milhões em modernos guindastes, que são até 50% mais produtivos que outros não especializados em determinadas operações. Isso faz com que seja reduzida a estadia do navio no porto e seja cumprido o contrato firmado com os armadores, evitando, assim, multas”, conta.