A movimentação de contêineres no porto de Santos caiu 6,9%, para 2,6 milhões Teus (contêiner de 20 pés), no acumulado do ano até setembro. O contêiner transporta a carga de maior valor agregado e a queda expõe a crise do setor. O porto de Santos concentra 40% da movimentação de contêineres do país, com seis terminais especializados no segmento.
As importações caíram 6,1%, para 1,3 milhão de Teus. Já as exportações recuaram 7,6%, para 1,3 milhão de Teus.
Do total de 1,7 milhão de unidades (que considera contêineres de 20 pés e de 40 pés, os Feus), Santos Brasil ficou 39% do mercado, seguida pela BTP, com 36,9% e Embraport, com 18,6%. Libra respondeu por 4,82%; Ecoporto por 0,7%; e Rodrimar ficou com 0,001%.
Em tonelagem, a movimentação no cais santista no acumulado do ano ficou estável, com leve queda de 0,1%, fechando janeiro-setembro em 88,5 milhões de toneladas. É a primeira vez em 21 meses que o porto apresenta queda no acumulado, reflexo do mau momento do comércio exterior. As exportações cresceram 1,8% mas as importações caíram 5%.
O presidente da Codesp, estatal que controla o porto, Alex Oliva, afirma que o resultado negativo já era esperado. “No ano passado houve um ‘ponto fora da curva’, que foi o excesso de demanda de milho no período”, disse em nota divulgada pela Codesp.
Somente em setembro a queda sobre o mesmo mês de 2015 foi de 9,9%, com 9,9 milhões de toneladas escoadas. As exportações recuaram 17,1%, para 6,8 milhões de toneladas, e as importações avançaram 11,9%, fechando o mês com 3 milhões de toneladas.
A participação do cais santista na corrente comercial do país alcançou, até setembro de 2016, US$ 70,1 bilhões, equivalente a 28,9% do total brasileiro (US$ 242,6 bilhões). As exportações somaram US$ 39,9 bilhões e as importações US$ 30,2 bilhões.
O fluxo de embarcações no período foi de 3.596 atracações, queda de 7,1% em relação ao mesmo período de 2015.