O Terminal Embraport, que fica na Margem Esquerda do Porto, na Área Continental da Santos, vai investir cerca de R$ 10 milhões em medidas mitigadoras e compensatórias à Cidade. Entre elas, estão a compra de móveis e equipamentos para escolas e a realização de obras em ginásios e pronto-socorro municipais.
A assinatura do termo de responsabilidade para a implantação das medidas ocorreu nesta sexta-feira (06) na Prefeitura de Santos. Todos os projetos foram definidos a partir da elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança do instalação, analisado por uma comissão municipal que trata do assunto.
O terminal especializado na operação de contêineres está localizado na Área Continental, próximo à comunidades como Monte Cabrão. Lá, a Embraport se comprometeu a construir um deck com atracadouro, paisagismo e demais intervenções. A empresa também implantará a cobertura da quadra poliesportiva da Unidade Municipal de Ensino do bairro
Nas duas intervenções, os materiais de construção e os equipamentos ficarão sob a responsabilidade do terminal. Já os projetos serão elaborados pela Prefeitura de Santos, que acompanhará a obra.
A Embraport ainda se comprometeu a adquirir 426 câmeras de monitoramento, equipamentos de fibra ótica para transmissão de dados e licenças de softwares. Toda essa estrutura será instalada em 47 escolas municipais, além do Pronto-Socorro da Zona Noroeste.
“Até maio, teremos o monitoramento de 47 das 81 escolas e esse monitoramento é total e integrado a nosso sistema, que é o que há de mais moderno em tecnologia. É um investimento bastante significativo”, destacou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que assinou o termo para implantação das melhorias com executivos do terminal na tarde de ontem, em reunião na Prefeitura.
Também estão previstos investimentos no Morro da Penha e na Vila Nova. Nesses bairros, a Embraport se comprometeu a concluir as instalações e a comprar os móveis de duas Vilas Criativas. Nelas, ainda serão instaladas câmeras e sistemas de monitoramento.
As Vilas Criativas oferecem cursos profissionalizantes e a oportunidade de novas formas de sustento para a população. Com as aulas, os moradores se preparam para concorrer a uma vaga de emprego ou têm a opção de trabalhar por conta própria e driblar a crise.
Para o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, a assinatura do termo de responsabilidade é um símbolo da relação Porto-Cidade e deve servir de exemplo para outras empresas do complexo santista. “A Prefeitura definiu as prioridades e a empresa ficará responsável pela implantação, não transferindo recursos para o município”.
Outras empresas
primeira empresa portuária a assinar um termo desse tipo foi a Fibria Celulose, no início do mês passado. A empresa, que pretende iniciar a operação de um novo terminal no Macuco no início do ano que vem, se comprometeu a investir R$ 2 milhões em pelo menos cinco frentes. Elas vão desde o fornecimento de placas até o apoio à implantação de uma unidade de educação para capacita-ção de professores.
Há ainda outros terminais do Porto que estão em tratativas com a Prefeitura para a assinatura de termos de compensação. As medidas são avaliadas pela Comissão Municipal de Análise de Impacto de Vizinhança (Comaiv).