Terminal refrigerado no Pecém

A visita do governador Cid Gomes aos EUA, entre os dias 1º e 6 de fevereiro, assegurou a instalação de um Terminal Refrigerado para o Porto do Pecém. Segundo o presidente da Agência de Desenvolvi­mento do Estado do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, o equipamento a ser implantado pela empresa americana Cargo Ventures (CV), estaria em pleno funcionamento no próximo ano. “Por conta da concessão de licenças ambientais e outras buro­cracias já operaríamos esse terminal em 2010. A idéia é transformar o Pecém em um porto concentrador de cargas”, informa Balhmann. É um projeto que ele classifica como “irreversível” por conta da posição geográfi­ca estratégica que o Ceará se situa. O investimento necessário, no entanto, ainda não está definido. “Eles já estiveram no Ceará três vezes e voltam no próximo dia 3 de mar­ço com o objetivo de fazer investimentos no Comple­xo do Pecém”, afirma Balhmann. Durante a visita, os empresários irão verificar que local mais se adequa para receber o empreendimento no Pecém. “Os Estados Unidos derrubaram a barreira alfandegária que tinham com as frutas do Ceará. Agora, o mercado se abre principalmente para o melão e para outro leque de novos investi­mentos”, diz o titular da Adece, que acompanhou Cid na visita ao território americano. O terminal serviria ainda para acondi­cionar carnes. A CV é a majoritária na sociedade que administra a Zona Franca de Miami e também tem grande interesse em administrar a Zona de Processamento de Expor­tação (ZPE) do Ceará. Em Nova Iorque, a comitiva cearense conheceu o Terminal Intermodal Maher, no Porto de Newark. Já em Miami, foram conhecer o transporte intermodal do Porto de Miami e a Miami Free Trade Zone (ZPE). Nesta última cidade, Cid apresentou o seminário “Visão sobre o Cresci­mento Econômico e Opor­tunidades de Investimen­tos no Estado do Ceará e no Nordeste Brasileiro”.

Balhmann diz ainda que a visita aos Estados Unidos serviu para negociar a possibilidade de a Adece manter um escritório estratégico em Miami. “O Espírito Santo já tem. Seria um equipamento realmente com possibilida­de de gerar negócios, um estímulo às exportações do Ceará”, afirma.